segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um fim de semana esclarecedor

Quero mudar o assunto. Variar. Vi dois filmes do Woody Allen nos últimos dois dias, o que me desvia o olhar das questões de classes sociais e seus atritos para os atritos dos relacionamentos amorosos. Para mim isso representa uma ferida aberta, como alguns sabem; tocar nesse assunto é jogar água oxigenada sobre o machucado. Mas há a promessa de cicatrização. Bom.
Num dos filmes, "Annie Hall", Allen diz uma coisa fantástica, muito esclarecedora. Ele diz o seguinte, não com essas palavras: há uma piada que diz que uma pessoa foi ao psiquiatra e disse:

- Dr., meu irmão está com um problema terrível! Ele acha que é uma galinha e age como tal!

E o psiquiatra pergunta:

- E por que você não o trouxe para que eu pudesse examiná-lo?

O sujeito responde:

- Não posso trazê-lo agora. Estou esperando seus ovos.

Moral da história: O amor é uma doença e conhecemos sua cura. Porém estamos sempre esperando pelos ovos. Fantástico, não?
Por amarmos uns aos outros, no sentido erótico, nos tornamos loucos. Reconhecemos essa loucura, mas não a queremos curar. Muito estranho. Muito. E essa loucura nos faz crescer enquanto seres humanos, sabe. Por incrível que pareça, pode até nos tornar mais lúcidos, ou não.
Mas, quer saber? Isso é tudo tão estranho que vou parar por aqui.
É isso.

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